Perfuro cortante
O interesse em relação aos acidentes do trabalho com material perfurocortante vem aumentando, principalmente após a década de 90, devido aos danos causados à saúde dos trabalhadores e às instituições e o aumento no número de casos de AIDS. Palucci e Mariani (2002) relatam que os maiores riscos dos acidentes perfurocortantes não são as lesões, mas os agentes biológicos veiculados pelo sangue e secreções corporais, principalmente o HIV e HBV, que estão presentes nos objetos causadores.
Para Jansen (1997), o contato com microorganismos patológicos oriundos devido a acidentes ocasionados pela manipulação de material perfuro cortante, ocorre, com grande freqüência, na execução do trabalho de enfermagem. Brevidelli (1997) acrescenta que a exposição ocupacional por material biológico é entendida como a possibilidade de contato com sangue e fluidos orgânicos no ambiente de trabalho, e as formas de exposição incluem inoculação percutânea, por intermédio de agulhas ou objetos cortantes, e o contato direto com pele e/ou mucosas.
A análise dos resultados sugere que todas as categorias de profissionais de enfermagem estão sujeitas a acidentes com material perfurocortante, o que faz necessária a realização de estudos aprofundados que detectem as causas mais comuns e as conseqüências para os profissionais, para possibilitar a elaboração de programas de educação, treinamento dos profissionais, supervisão contínua e sistemática e modificações nas rotinas de trabalho, tornando um hábito a prática das precauções de segurança.
O acidente de trabalho em nosso país deve ser comunicado imediatamente após sua ocorrência, por meio da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), que deve ser encaminhada à Previdência Social, ao acidentado, ao sindicato da categoria correspondente, ao hospital, ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Ministério do Trabalho. (MARCELINO, 1999)
Apesar de, legalmente, ser obrigatória a emissão da CAT, Barros e Lehfeld (1986) observaram,