Performance
“PERFORMANCE > É A CAPTAÇÃO DE UM GESTO LIMITE PRETENSAMENTE SUBLIME. UMA AURA NO CONTORNO INTERIOR, QUE RESISTA AO RIDÍCULO; À MÁSCARA QUE BUSCA A 'PERSONA': A IDENTIDADE - SEM POETAR A SUA CONDIÇÃO”
- António Barros –
Os anos 80, em Portugal, foram marcados por uma nova conjuntura cultural. Esta foi possível, apenas, após a rutura democrática do 25 de Abril de 1974, altura em que se deu o aparecimento de uma nova vaga de criadores e agentes culturais. Ao nível das artes plásticas, a década de 80, reuniu um conjunto de artistas, de diferentes gerações. As práticas artísticas vinham no seguimento do que se havia passado na década anterior, de um Pós-Conceptualismo. A década de 70 teve um papel muito importante na experimentação e promoção de novas atitudes estéticas, foi fundamental no alerta de uma comunidade para o atraso cultural que se fazia sentir nas instituições em geral.
Os primeiros animadores e protagonistas destas novas experiências artísticas foram os estudantes, alguns elementos do corpo docente e cidadãos vindos de certas agremiações (círculos intelectuais estritos). Estiveram envolvidos neste universo Ernesto Sousa, Alberto Carneiro, António Barros, Helena Almeida, Ângelo de Sousa, António Palolo, Álvaro Lapa, Julião Sarmento, Fernando Calhau, Joana Rosa, José Conduto, José de Carvalho, Ana Hatherly, E. M. de Melo e Castro, António Aragão, Alberto Pimemta e Silvestre Pestana, João Dixo, Rui Órfão, Teresa Loff, Túlia Saldanha entre outros. A nivel internacional artistas como James Coleman, Nigel Rolfe, Julian Maynard Smith, Stathion House Opera, Peter Trachsel, Ernst Thoma, The Basement Group, Erna Nijman, Alistar MacLennan, Plassum Harel, Frank Na, Dominique Labaume, Gzregorz Sztabinski, Mineo Aayamaguchi...
Estas experiências eram entendidas como necessárias ao serviço da educação e da sociabilidade gerais (reação a uma certa alienação das artes e dos públicos).