10 . INTERPRETAÇÃO DOS PERFIS GEOFÍSICOS DE POÇO 10.1 - Introdução Dentre as diversas aplicações dos perfis geofísicos de poço, além da determinação de significativas propriedades petrofísicas dos reservatórios, uma das mais importantes, para a indústria do petróleo, é a quantificação do seu conteúdo em hidrocarbonetos (Shc = 1 - Sw). São várias as etapas da interpretação quantitativa, quer usando perfis analógicos (antigos) ou digitalizados (modernos). Nos analógicos, a tecnologia de então não permitia a digitalização na locação, sendo os perfis apresentados em cópias impressas. Nos modernos, eles são entregues tanto impressos como em formato LAS (Log Ascii Standard - Vide LAS: A Floppy Disk Standard for Log Data; CWLS Floppy Disk Committee, 1989; The Log Analyst, sept-oct, pp. 395-396), com todos os dados básicos de aquisição e controle digitalizados, para uso em microcomputadores ou estações. Com um conjunto completo de perfis impressos, os cálculos manuais podem ser realistas, porém bastante demorados, tendo-se em vista as correções gráficas a serem efetuadas nos valores brutos das leituras pelos efeitos ambientais (lama, poço, espessura das camadas etc.) e da argilosidade e/ou hidrocarbonetos. Com os dados digitalizados, trabalhase rápida e com maior precisão nos microcomputadores ou nas estações. Com base nos elementos pertinentes à avaliação (perfis corridos, descrição das amostras de calha, testemunhos, testes de formação, extravazão incontrolada de fluidos “kicks”, etc), seleciona-se as possíveis zonas de interesse e se inicia a interpretação. 10.2 – Controle da Qualidade dos Perfis Corridos Divide-se a interpretação dos perfis em três etapas distintas. A primeira delas é o controle da qualidade de cada curva, olhada sob o ponto de vista das espessuras das camadas (em relação ao espaçamento dos sensores), do tipo da lama e limitações específicas de cada ferramenta. A segunda é a interpretação qualitativa (“quick looks”) e a terceira é a interpretação