Perfil
Vem da infância o sonho de estudar medicina, cultivado nas escolas públicas por onde passou até chegar ao então “científico” do Colégio Pedro Gomes, em Campinas, Goiânia, onde alcançou aprovação em duas universidades: Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de Goiás (UFG).
Na UFG, estuda entre 1970 e 1975, graduando-se na medicina com que sonhava: “Aquela medicina que até hoje ainda imagino: integral, vinculada a à família, a à comunidade, porque o médico não é só um conhecedor, ele não domina só a ciência, o diagnóstico, o tratamento”.
Credita a inspiração inicial à obra do escocês A. J. Cronin (1896-1981), médico que atuou na Marinha Real Britânica durante a Primeira Guerra Mundial como cirurgião e narra a medicina no interior da Inglaterra. Outras raízes: a admiração por médicos como Che Guevara e Guimarães Rosa, entre outros, cujas letras conhecera na mocidade, caso do sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz.
A base de sua visão integral da medicina vem da militância na igreja Católica, bem antes da faculdade: dos movimentos de jovens católicos que discutiam a importância da amizade, a importância da família, da sexualidade e o combate a doenças.
Focado nesta importância do conhecimento e da relação que o médico tem na sua comunidade, Neilton prepara-se para exercer a profissão no interior desde o segundo ano da faculdade. Ao convencer professores, passa a atuar no pronto socorro da faculdade. Todas as terças-feiras à noite, ingressava no plantão do Hospital Oswaldo Cruz, em Goiânia.
No sexto