Perfil pedagógico da ajuda
Os defeitos pulmonares congênitos decorrentes da embriogênese do pulmão são infreqüentes. Sua manifestação clínica pode ser detectada no período gestacional graças ao avanço tecnólogico especialmente do ultra-som ou passar despercebida e somente ser identificada na vida adulta em exames rotineiros. Aqueles casos com sintomatologia clínica pós-natal, são mais frequentemente diagnosticados e convenientemente tratados diminuindo a mortalidade. Esses defeitos constituem achados clínicos-cirúrgicos que merecem ser
reconhecidos com o atual armamentário terapêutico. Seu reconhecimento e tratamento precoce oferecem a possibilidade de uma perspectiva de desenvolvimento absolutamente normal.
EMBRIOLOGIA PULMONAR O desvio no desenvolvimento embrionário normal do pulmão explica o surgimento dos defeitos encontrados. Do ponto de vista prático o período gestacional é subdividido em quatro: no período embrionário (0 a 5 semanas) surgem as primeiras estruturas pulmonares. Isto corresponde entre o 22º ao 26º dias de gestação. Essa fase de desenvolvimento corresponde, no embrião, ao momento em que se inicia a evaginação da porção ventral do
tubo digestivo primitivo torácico e a formação de dois sulcos laterais longitudinais (sulco faringotraqueal). Portanto, o sistema respiratório tem origem endodérmica. Com o desenvolvimento do embrião o sulco faringotraqueal, progressivamente vai separando-se do intestino primitivo, formando o septo traqueoesofagiano, isto é, a primeira estrutura a separar o esôfago do primórdio respiratório. A dicotomia inicial, de uma série de outras, formará, em torno da quarta semana do período embrionário, os 2 brotos pulmonares. Esses dois brotos constituirão os brônquios principais. O mesoderma esplâncnico que envolve a dicotomização brônquica dos brotos pulmonares dará origem às estruturas cartilaginosas, musculares, vasculares e da