Perfil Epidemiológico da SER III de Fortaleza
A estatística surgiu pela demanda científica crescente de se provar eventos pela observação dos fatos sem, contudo, deixar muitas incertezas e variáveis. Fundamentada na pura matemática da contagem, a estatística ganhou poder e hoje é uma das fontes de informação mais incontestáveis e mais adotadas no planeta, nos mais inimagináveis serviços e propósitos. Neste trabalho, a estatística – mais precisamente, duas de suas divisões: demografia e, principalmente, epidemiologia – será a base de todas as conclusões tomadas.
A epidemiologia é o ramo da estatística que vem sendo usado para o entendimento e acompanhamento das condições de saúde das sociedades. A utilidade dessa ciência é imensa. De um simples aproveitamento de dados de prontuário ou de outros documentos de saúde, por exemplo, como declaração de óbito, pode-se, com o devido esmero e organização, mensurar com grande fidelidade a probabilidade de uma pessoa ser infectada por uma doença infecciosa, ou até de, uma vez infectada, vir a óbito.
Dada a pequena base teórica supracitada e a experiência satisfatória ao longo dos anos de uso, é razoável afirmar que a realização de constantes estudos do perfil epidemiológico de determinadas comunidades trata-se de uma ação de extrema importância para o controle e para a constante evolução da situação sanitária desses locais. Não é por coincidência que muitos sistemas de saúde utilizam a epidemiologia como uma das suas grandes bases de planejamento. O SUS possui uma riqueza de dados epidemiológicos inestimável, entretanto, prevalece um sub-uso de tamanha fartura de informação.
O estudo aqui realizado terá como alvo a 3° Secretaria Executiva Regional de Fortaleza. A 3° Secretaria Executiva Regional – SER III – é uma das seis subprefeituras da capital cearense, e tem em seu território 17 bairros da capital cearense: Amadeu Furtado, Antônio Bezerra, Autran Nunes, Bonsucesso, Bela Vista, Dom Lustosa, Henrique Jorge, João XXIII, Jóquei Clube, Olavo Oliveira,