Perfil biomecânico do exercício agachamento
Abaixo segue minha apreciação sobre um tema que julgo ser bastante importante e complexo. Por esse motivo me alonguei um pouco pois julguei pertinente esmiuçarmos boa parte do repertório literário relativo a execução do agachamento.
Perfil biomecânico básico do exercício de agachamento
O que é o agachamento?
Realmente o agachamento carrega em sua “história de vida” um pesado e injusto fardo que o classifica, até os dias de hoje, embora com menor incidência, como um exercício altamente lesivo para os complexos articulares como joelho e principalmente a coluna vertebral. Ora! Quando nos referimos às nossas dobradiças anatômicas, as articulações, precisamos ser sensatos e percebermos que a irrefutável razão da existência destas estruturas está na possibilidade e na sua capacidade funcional de fazer parte de um complexo mecanismo de promoção do movimento através da colaboração das proteínas contráteis e do tecido conectivo. Esse pensamento nos faz refletir e até atribuir uma característica paradoxal e utópica ao ato de classificar qualquer exercício ou tarefa motora que, obviamente, acarrete a movimentação de uma articulação, como contra-indicados. Esse assunto é, indubitavelmente, muito complexo e ao mesmo tempo, desmistificador.
Para responder às tão pertinentes questões apresentadas neste fórum, faz-se necessário a inserção de um “tópico frasal” que nos permita introduzir algumas das inúmeras variações e fatores de cunho biomecânico que influenciam imensamente a execução do exercício de agachamento e merecem ser analisadas. Essa tarefa física, primeiramente, é considerada um das mais desafiadoras ao praticante. Tal característica tem sua razão de ser atrelada às áreas da Fisiologia e da Biomecânica, principalmente. Essas áreas classificam o agachamento como um exercício poliarticular por ser capaz de mobilizar várias articulações envolvendo desde grandes grupos musculares como os agonistas e antagonistas até