Perfil Bibliográfico Emma Bovary
Madame Bovary, a obra-prima do autor francês Gustave Flaubert (1821-1880), é visto como uma das obras mais importantes do século XIX e como uma das maiores influências para o desenvolvimento das estéticas literárias modernas. Publicado ao longo do ano de 1856, o romance é tido como um marco da estética realista por mostrar, através da constante insatisfação de sua protagonista, Emma Bovary, a decepção dos ideais românticos frente à realidade.
Como evidência de sua inovação em relação a extensa lista da literatura de então e de sua inteligência em expor as fraquezas e contradições da sociedade francesa. Este impacto imediato, que ajudou a definir os rumos do movimento realista em seu início, Madame Bovary produziu também um legado através dos tempos, sendo até hoje elogiado tanto por sua escrita quanto por seu conteúdo. O processo que originou Madame Bovary é bastante estranho ,escrito ao longo de nove anos, o desenvolvimento do romance fez com que Flaubert produzisse uma vasta sucessão de reflexões quanto ao trabalho do escritor.
O principal motivo pelo qual a obra de Flaubert tornou-se tão inovadora é a maneira como é construída sua personagem principal, Emma Bovary. No livro, Emma é a mulher de Charles Bovary, um médico que conheceu quando este veio tratar da perna quebrada de seu pai. De fato, no início do livro a narrativa desenvolve-se em torno de Charles, personagem cujas boas intenções, ainda que claras, estão acompanhadas por uma constante modestidade, uma sucessão de erros e de incapacidades de agir de maneira excelente que permeiam toda a vida do médico.
Neste primeiro encontro, Emma é descrita como jovem e extremamente bela, além de ser sobressaída sua leitura compulsiva de romances, que ajuda a desenvolver seus sonhos de construção de uma vida diferente. De fato, não existem dúvidas quanto à caracterização de Emma enquanto personagem romântica, constantemente desejosa de luxo e de paixão, idealizadora