perdigão x Sadia
Por quatro votos contra um, o órgão autorizou a operação, mas a BRF Brasil Foods terá de suspender a marca Perdigão em algumas linhas de produtos
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou por quatro votos contra um a fusão entre a Sadia e a Perdigão, mas com restrições (veja quadro), como era aguardado desde que a BRF Brasil Foods – a empresa resultante da operação – propôs-se a negociar com o órgão antitruste. A decisão é bastante semelhante à expectativa dos analistas ouvidos pelo site de VEJA. Para garantir que a BRF cumprirá o acordo, foi proposto pelo Cade a assinatura de um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) em que a empresa compromete-se a por em prática as decisões do julgamento.
O conselheiro Ricardo Ruiz iniciou nesta quarta-feira a leitura de proposta de acordo no caso, afirmando que a companhia mudou radicalmente sua posição inicial e mostrou disposição para negociar. Ruiz sancionou o acordo, seguido pelos conselheiros Marcos Paulo Veríssimo e Alessandro Serafin Octaviani Luis. Todos deram parecer positivo, mas com restrições.
O relator do caso, Carlos Ragazzo, manteve seu voto contrário à fusão – apesar de ter se mostrado mais otimista com a operação do que no primeiro julgamento, realizado em 8 de junho,quando reprovou totalmente a proposta, Ragazzo ainda considera que o acordo atual não resolve os problemas de concetração de mercado. O jogo, porém, já estava decidido quando o conselheiro Olavo Chinaglia, presidente da seção, também se posicionou a favor do TCD e ainda elogiou a mudança de postura da BRF durante a renegociação.
O acordo –
Como já era esperado, a decisão (veja quadro) exige a venda de diversas marcas e de parte da estrutura produtiva da BRF a partir de 2012, além da suspensão da marca Perdigão por perído determinado (a depender do tipo de produto) e a restrição para que a Batavo só atue no segmento lácteo. A marca Perdigão poderá ser mantida