perdas na logistica
Fernando Henrique de Almeida Sobral(*)
Tudo aquilo que é desperdiçado ou extraviado na cadeia de produção pertence ao mundo das perdas. Vivemos num mundo que o desperdício é tão freqüente que nós nem nos importamos com ele. Recentemente ficamos perplexos com a possibilidade do apagão, ou seja, da falta de energia elétrica e também da água aqui no país das maravilhas. Uma divulgação maior da necessidade de economia trouxe uma diminuição dos gastos em uma quinta parte. Isto é uma parcela muito significativa na demonstração do descaso com aproveitamento dos recursos.
Mas o absurdo do desperdício não está apenas na energia, está em vários outros componentes, como no mal aproveitamento dos recursos de transporte, dos espaços, do trabalho humano, na perda de tempo e por que não dizer na a logística de suprimento e distribuição dos produtos.
Não é por menos que a logística cresceu muito nos últimos tempos. Pois, ela vai de encontro com a necessidade de um melhor planejamento das atividades e recursos. Na indústria verificamos grandes perdas no processo produtivo, devido ao mal aproveitamento das matérias primas conseqüência da falta de integração entre os clientes e fornecedores. Verificamos também, o excessivo dimensionamento de estoque de processo produtivo gerando perda pelo dinheiro que fica parado.
Na transferência dos produtos acabados para os atacadistas as perdas acontecem devido ao re-trabalho de embalagem e da digitação de dados. Para o produto ser enviado digita-se os dados da nota fiscal. No atacadista o produto troca de código, a nota é re digitada. Sem contar a ausência de paletes para a transferência das cargas, que promove enormes filas no carregamento e descarga das mercadorias, desperdiçando tempo do caminhão que deveria estar rodando e não parado. Outro aspecto da logística no transporte é a escassez de estudos de aproveitamento de frete, que quase sempre gera um mal aproveitamento, de rota, de espaço