Perda auditiva induzida por fone de ouvido em jovens de 18 a 25 anos
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1. INTRODUÇÃO Os seres humanos sempre usaram a música como um elo de interação na sociedade e é uma forma de lazer e uma necessidade de escape emocional, além de ser uma das formas mais importantes de comunicação entre os humanos. É tida como um dos principais eixos de ligação entre os indivíduos e é uma forma prazerosa de associarmos fatos importantes em nossas vidas. Com o fim do período Barroco, surgiram duas grandes vertentes: uma, a música mais popular, mais acessível, com o intuito de distrair o indivíduo comum, executada em locais pequenos. A outra, uma música mais requintada de alta cultura, para um público alvo restrito, apresentada em anfiteatros enormes, pensados arquitetonicamente para que a amplificação não soasse de maneira estrondosa ao ouvido humano, mas com acústica apropriada ao público ouvinte (Supicic 1997). A maneira pensada nesta época para amplificação para a música era acrescentar mais instrumentos musicais ao concerto, para que aquele som pudesse ser ouvido por todos. Desta forma, o uso de amplificadores sonoros em instrumentos musicais não era utilizado, e assim a exposição ao ruído era menos prejudicial ao ouvido humano. Desde o apogeu da década de 1960 e com as transformações da música popular, inclusive a brasileira, com a introdução do rock-and-roll (Mendes et al 2007), os jovens passam a escutar músicas de bandas com amplificadores sonoros. Mais recentemente na década de 1980, com o avanço tecnológico, surgem os fones de ouvido, que além de superar todos os estímulos e ruídos do meio externo, para a orelha, ainda direcionam o som diretamente para a membrana timpânica. A ascensão de aparelhos eletrônicos, equipados com fones de ouvidos (MP3; Walkman; Ipod), tem instaurado uma grande preocupação aos profissionais da área da saúde devido à exposição constante a elevados níveis de pressão sonora. (Jorge Jr. 1996) Existem diversas marcas de MP3 que permitem utilização de volumes máximos, acima dos