percepção

PERCEPÇÃO NA PERSPECTIVA DE KANT X WUNDT
Kant
No final do séc XVIII, houve um tempo de se levantarem vários críticos sobre como a psicologia estava sendo estudada, e um dos críticos que mais ganhou atenção foi Imannuel Kant. Ele foi considerado o inaugurador da filosofia contemporânea. Nesse momento, ocorre uma ruptura entre a ciência e a metafísica, que antes estavam ligadas. A partir daí que os saberes psicológicos começam a ser aceitos graças às críticas de Kant, antes estando afastados a metafísica e assim existindo a impossibilidade de serem considerados ciência legítima.
Para Kant, a psicologia empírica só poderia ser provada como ciência se: descobrisse seu elemento como a química, efetuando análises e críticas; executar um estudo objetivo a respeito desse elemento, em que o sujeito e o objeto não se misturassem como ocorre na introspecção; realizar uma matematização mais complexa que a geometria, que fosse capaz de dar conta das sucessões temporais da nossa consciência. Kant vai dizer que a psicologia racional pura é impossível de ser feita pelo fato de ser metafísica, estando fora da experiência, não sendo empírica. E a ciência não trabalha com movimentos metafísicos. Na impossibilidade de se ter um objeto sem ser metafísico, ele diz que a psicologia deve ser fisiológica.
Uma dificuldade abordada era a falta de um elemento objetivo, sendo resolvida por Muller , um fisiólogo. Para ele, “...cada via nervosa aferente possuiria uma energia nervosa específica que se traduziria em um tipo de sensação específica de cada nervo. Assim, o nervo ótico excitado pela ação da retina, ou por forças mecânicas e químicas, produziria sempre imagens luminosas. O mesmo ocorreria com os demais sentidos.” Este entendimento de Muller se relacionou a um “kantismo fisiológico”, onde se chegou a conclusão que o mundo que é percebido era somente uma propriedade de nossas energias nervosas, ou seja, a percepção estaria ligada as reações fisiológicas do nosso corpo, sem