Percepção do Enfermeiro a mulheres vitimas Volência Doméstica

DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

A violência não é um fator que aparece de uma hora pra outra. Mas, nada justifica o fato de que exista. Dentre outras tantas delimitações, há vários assuntos que podem vir a explicar esse fato assustador; dentre eles incluem fatores familiares, sociais e financeiros. A violência contra a mulher tornou-se um grande agravo social. Na maioria dos casos, a história de agressão tem envolvimento com o uso de drogas licitas ou ilícitas, tendo como exemplo de maior culpado o álcool (ADEODATO et al, 2005) e, não raro, estende-se aos filhos e aos demais familiares. Em muitas situações a própria família acoberta o ato por medo de escândalos, por ter uma situação de baixa renda, pela dependência financeira, ate mesmo pelos próprios filhos (GARBIN et al, 2006).
Dentre os tipos de agressão, destacam-se a verbal, a física e a sexual. O perfil de mulher que sofre a agressão é a de baixa renda familiar, na faixa etária entre 15 e 30 anos, casada há menos de dez anos, católicas e com poucos filhos. (ADEODATO et al, 2005).
Na literatura consultada, pesquisas revelam que mulheres das classes média e alta também sofrem de agressão (ADEODATO et al, 2005).
A violência impacta a qualidade de vida das mulheres agredidas e traz resultados devastadores para a saúde da mulher, o seu bem-estar físico e mental (PENNA, 2005).
As agressões provocam problemas de saúde como sintomas de ansiedade e insônia, distúrbios sociais e depressão. Além disso, os filhos dessa família sofrem, pois presenciam em sua grande maioria as agressões. Essas crianças crescem com seu psicológico afetado, e podem futuramente tornarem-se um agressor idêntico ao que viram na infância.
O que leva as mulheres a se submeterem aos maus tratos é, principalmente, o medo de denunciar seus parceiros e as ameaças constantes de morte que recebem durante as agressões. A fim de dar proteção a estas mulheres, foi inaugurada em 1986, em São Paulo, a primeira Delegacia da Mulher.
Estudos mostram que