Percepção Ambiental
CAPÍTULO 3
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PERCEPÇÃO SOCIO-AMBIENTAL DA
COMUNIDADE DE PESCADORES DO
AÇUDE TAPEROÁ II
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ANDRADE, R. S. & BARBOSA, J. E.
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Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e
Meio-Ambiente/PRODEMA,
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba,
Brasil.
E-mail: rogerandrade2@yahoo.com.br
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Professor Títular do Departamento de Biologia,
Universidade Estadual da Paraíba/UEPB.
E-mail: ethambarbosa@hotmail.com
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1 RESUMO
No contexto do semi-árido nordestino, além dos dilemas acerca do gerenciamento eficiente dos mananciais, a oscilação climática determina a oferta e a qualidade de água para os grupos humanos oriundos desta região. Uma vez que as estações secas são mais duradouras que os períodos chuvosos, a oferta de água como fator limitante adquire proporções mais contundentes. Em se tratando da região semiárida, visto que partilham de um elo mais íntimo com os corpos aquáticos, os pescadores podem transmitir conhecimentos relevantes sobre a qualidade de um ecossistema aquático. O objetivo deste capítulo é o de identificar a percepção dos pescadores artesanais no que se refere à qualidade da água do açude Taperoá II, além da descrição de indicadores sócio-econômicos. Foi conduzida a aplicação de um roteiro semi - estruturado de perguntas, para a obtenção de dados quantitativos e dados qualitativos, e a gravação de relatos orais. Foi adotado o método fenomenológico proposto por Sanders, que enfatiza o trabalho em profundidade com um número pequeno de participantes em uma pesquisa, sob a forma de entrevistas gravadas em áudio, e transcritas posteriormente. Os resultados quantitativos revelaram que todos eram do sexo masculino, cuja faixa etária variou entre 29 e 67 anos, com média de 48,2 anos. O tempo de pesca mais evidente foi compreendido no intervalo de 1 a 10 anos. A maioria declarou-se anafalbeta ou semi- anafalbeta,
são