Pequi na produção de biocombustível
Universidade de Brasília
Virgínia Andrade Comenale Gomes – 13/0018538
Biocombustíveis – Prof. Cristina
PEQUI
O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) É originário do Brasil e ocorre predominantemente no Cerrado brasileiro, segundo Collevati et al. 2003, o maior produtor é o estado do Ceará, e Segundo Ribeiro (2000), grandes plantações também são encontradas nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí e Tocantins.
Figura 1 - Distribuição geográfica do Bioma Cerrado e do cultivo do Pequi no Brasil. Fonte:
IBGE/SIDRA (2008).
O pequizeiro é uma planta perene oleaginosa com 8 a 12 metros de altura, frutos deiscentes, de clima preferencialmente quente, pouco exigente em fertilidade e de solos arenosos
A reprodução ocorre por sementes com dormência longa e de quebra difícil, por isso para se produzir mudas em viveiros é preciso realizar tratamentos especiais.
Produz poucos frutos, de acordo com o tamanho da copa.
Figura 2 - Caryocar brasiliense Camb. (a) Flores; (b) Botões; (c) Cacho; (d) Fruto. Fonte
Corrêa e Corrêa (2014).
O teor de óleo médio encontrado nos frutos gira em torno de 45%, com alta produtividade, de até 3,7 t/há e 1,1 t/há de óleo.
Tabela 1 - Conteúdo lipídico em algumas oleaginosas cultivadas no Brasil
Oleaginosa = Conteúdo (%)
Pequi = 45%* (Mariano et al. 2009)
Babaçu = 66% (Silva, 2011a)
Canola = 40% (Batool et al. 2013)
Crambe = 30-45% (Toebe et al. 2010)
Palmiste = 55% (MAPA, 2011)
Nabo Forrageiro = 35% (Pereira, 2012)
Girassol = 35-52% (Thomaz et al. 2012)
Pinhão Manso = 35-40% (Sunil, 2008)
Tremoço = 6-12% (Kurlovich, 2002)
Soja = 18-21% (Liang et al. 2010)
Amendoim = 44-56% (Campos-Mondragon, 2009)
*polpa.
A extração do óleo de Pequi é feita por prensagem em extrusora seguido de extração com solventes em sistema Soxhlet.
O óleo de pequi possui grande presença de carotenoides, que dão ao óleo de pequi uma coloração amarelo alaranjada e uma alta capacidade de não se estragar (fato muito