Pequenos Tratados Grandes Virtudes
Das virtudes quase não se fala mais. Isso não significa que não precisemos mais delas, nem nos autoriza a renunciar a elas. É melhor ensinar as virtudes, dizia Spinoza, do que condenar os vícios. O objeto deste livro são as virtudes. Sem a pretensão de evocar todas elas, tampouco de esgotar uma em particular, o autor indica neste pequeno tratado - dirigido mais ao grande público que aos filósofos profissionais - as que julgam mais importantes, o que são, ou o que deveriam ser, e o que as torna sempre necessárias e sempre difíceis.
“Onde há amor, há virtude! As virtudes existem porque nos falta o amor. Porque nos falta o amor é preciso impor a moral. Moral é dever. E dever é agir como se amasse... Comte-Sponville emociona. A cada virtude (são 18) uma epifania1!”
1EPIFANIA é uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência de algo. Também pode ser um termo usado para a realização de um sonho com difícil realização. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém "encontrou finalmente a última peça dos quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem completa". O termo é aplicado quando um pensamento inspirado e iluminante acontecem que parece ser divino em natureza (este é o uso em língua inglesa, principalmente, como na expressão I Just had an epiphany, o que indica que ocorreu um pensamento, naquele instante, que foi considerado único e inspirador, de uma natureza quase sobrenatural). Referências Bibliográficas
COMTE-SPONVILLE, ANDRÉ: Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Ed.Martins Fontes,1999
1 - A polidez
Polidez e moral; o canalha polido; o que se faz e o que se deve fazer (Kant); tornar-se virtuoso: a polidez como aparência