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Relatório afirma que Fifa é a única que se beneficiará diretamente com o Mundial, mas ressalta que, apesar de não haver ganho econômico significativo, país-sede pode ter efeitos positivos em sua imagem.
Mesmo sediando a Copa do Mundo de 2014, o Brasil não pode contar com um impulso duradouro à sua economia. Apesar de gerar confiança para o país, o efeito econômico do evento, de tão baixo, não deve ser considerado. Essas são algumas das conclusões de um relatório divulgado nesta terça-feira (13/05) pelo banco alemão Berenberg e pelo Instituto de Economia Mundial (HWWI), de Hamburgo.
Mesmo que empresas dos setores de segurança, gastronomia ou de construção se beneficiem com o evento no curto prazo, a Copa do Mundo não gera impulso a longo prazo para a economia do país-sede. Como exemplo, o relatório afirma que dados coletados após os Jogos Olímpicos na Grécia, em 2004, e a Copa do Mundo na África do Sul, em 2010, comprovariam a tese.
“Os efeitos econômicos positivos da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos são para os países-sede, na maioria das vezes, insignificantes”, diz o economista do Banco Berenberg Jörn Quitzau. “Porém, tais megaeventos podem servir de impulso para a modernização dos países.”
O estudo explica, ainda, que, apesar de fazer parte do Brics – formado ainda por Rússia, Índia, China e África do Sul –, o Brasil não conseguiu aproveitar seus anos de grande crescimento econômico para resolver os vários problemas sociais e econômicos. Mesmo que o desenvolvimento do país tenha melhorado, protestos levaram milhões de brasileiros às ruas desde a metade do ano passado.
“O Brasil falhou e não aproveitou a fase do alto crescimento econômico para modernizar o país. Seriam necessárias reformas e investimentos no social e na infraestrutura de transportes”, conclui Quitzau.
Reforço da identidade como nação
O estudo diz que o Mundial de 2006 gerou um efeito real de apenas 0,4% no crescimento