Pequeno tratado das grandes virtudes

A primeira virtude a ser tratada no livro, é a polidez. A polidez seria a origem das virtudes por assim dizer, pois é considerada como se fosse a primeira de todas as virtudes, mas não é, pq ela faz mais um papel de base para uma introdução das ações virtuosas. Quando os pais orientam o filho no sentido de distinguir (não é assim que se faz), correção de erros o que é algo natural do ser humano, ele está incorrendo na formação de um ser humano que sofreu certa repressão quanto a ações que não correspondem com a educação formal, educação essa que humaniza a racionalidade do ser humano; No entanto essa repressão visando a educação precede algo que será desenvolvido com uma polidez posterior onde o individuo saberá distinguir a repressão em relação ao erro e a repressão em relação (isso não se deve fazer) à moral que por conseguinte traz uma autopolidez automática livre de aparências e que é profunda e fundada na ética.
Segundo a ordem de formação do individuo a polidez seria a primeira das virtudes, se ela o fosse, mas nessa construção humana ela é a primeira e cumprindo de maneira bem coerente seu papel. No entanto há de se ter vigilância para com ela, um individuo polido nem sempre é moral, ou dotado de virtudes, esse é o problema, o indivíduo bem polido quando age de forma incoerente é pior que o que é considerado leigo, bruto.
A polidez não é uma virtude, mas uma qualidade, e uma qualidade apenas formal. No entanto diante do conhecimento, da sabedoria ou da inteligência ela é irrisória. O próprio amor não poderia prescindir as formalidades, isso deveria ser ensinado pelos pais. Mas o amor, devemos acreditar é mais forte também a compaixão, deixando a polidez em segundo plano, a polidez não é tudo é quase nada.
Tratemos, pois, da fidelidade. Deveríamos invejar os animais, que vive sem lembranças boas, sem se preocupar com o que fez ontem ou que terá que fazer amanhã, até mesmo talvez sem saber que há um futuro, nada que prenda seus pensamentos, suas ações