pequena resenha do filme A Oeste do fim do Mundo
Mas a solidão a que o indivíduo se propõe,como o personagem Leon,passa a imagem de alguém sofrido,que se auto impôs o afastamento da sociedade,como uma fuga.
Realmente o personagem apenas sobrevive.Alimenta-se mal,fuma bastante,distancia-se da família.Mora em um lugar isolado (entre a Argentina e o Chile),onde possui um posto de gasolina,decadente e tão desolado quanto o dono.
A trama vai se desenrolando até que num desabafo à nova amiga,Ana,personagem tão complexa e solitária quanto ele,fala sobre as guerras que pressupomos ter sido a das Malvinas,porque fala sobre os ingleses e argentinos.Cita sobre o numeroso caso de suicídio dos militares.E que lhes foi tirado mais que tudo a dignidade humana.
É um filme simples,que fala de seres humanos simples e circunstâncias que a vida lhes impôs.Trata-se de uma pessoa que está se sentindo espoliado na expectativa de vida que buscava para si:uma núcleo familiar ,um trabalho digno e uma vida equilibrada.
Com a contingência da guerra a que foi exposto,tudo isso foi mudado,o que o fez se retrair e se isolar,frustrado e abnegado.
O que o salva dessa passividade ,foi conhecer uma moça solitária e que também estava desorientada,frustrada em suas expectativas familiares.Outro ser sozinho e vulnerável.
E quantos de nós,pessoas comuns ,que sofremos os reveses da vida, gostaríamos de encontrar algo ou alguém que nos impulsione a voltar a ter entusiasmo pela vida,a fazer novos planos,a nos inserir na sociedade saindo de um isolamento autoimposto .