Pensando através do conceito de gênero
A família é uma produção cultural, a maternidade e a paternidade também está inserida dentro dessa produção. Portanto elas são consideradas como algo que não está escrito na “natureza feminina, masculina” ou ligada a um suposto instinto biológico.
Com relação à invenção da infância Ariés (1981) afirma que ao inventar um sujeito infantil que precisa de cuidados, atenção e carinho é necessário inventar um outro sujeito capaz e responsável pela prestação desse cuidado, atenção, e carinho.
Para Elizabeth Badinter (1989) a figura da mãe amorosa, terna, preocupada e dedicada ao cuidado de suas filhas e de seus filhos nem sempre existiu, mas foi se constituindo dessa forma desde o século XVIII em meio a três movimentos sociais: a constituição dos Estados Nacionais, a consolidação do capitalismo como modo de produção e a ascensão política e social da Burguesia.
Segundo (Fonseca, 1999, p.257). O modelo de família nuclear - no qual pai e mãe biológicos se torna figura centrais na educação de seus/suas filhos/as vai impondo-se como a forma mais natural e sadia de organização familiar.
De acordo com a valorização diferenciada de gênero Meyer (2006, p.90) afirma que ao mesmo tempo em que a posição de sujeito esse ser mãe supõe “a existência de um ser que incorpora e se desfaz em múltiplos – a mãe como parceira do Estado, a mãe agente de promoção de inclusão social, a mãe como esteio de sua família e, mais especificamente, a mãe como responsável única e direta por seus filhos”.
O trabalho da Assistência Social com familiar está pautado na construção de modos e condições de vida melhor e mais “digna”. Nessa direção, o que se costuma fazer e o acompanhamento e a gerencia, especialmente das mulheres, para que elas consigam organizar a vida em família de forma mais saudável. Para Cynthia Sarti (2002, p.31) umas das funções que fundamenta a autoridade do homem-pai dentro da Família não é o controle e a regulação dos assuntos internos