Pensamentos modernistas
Grids:
Grid é basicamente a ordenação de elementos gráficos em vários retângulos, de modo a facilitar o entendimento desses elementos. Segundo Timothy Samara, o grid “converte os elementos sob seu controle num campo neutro de regularidade, o que facilita acessá-los” (SAMARA, Timothy; BOTTMANN, Denise (Tradutor). Grid: construção e desconstrução. São Paulo: Cosac & Naify, 2007 p.9), porque elementos similares são posicionados de maneira similar, ajudando à localizar e entender suas semelhanças.
Existem diversos tipos de grid e, hoje em dia, estamos cercados por ele. Revistas, jornais, páginas na web, sistema operacional de celular e até no trânsito, esse instrumento é parte essencial em qualquer obra derivada do design gráfico, mesmo que, em sua origem ele fosse utilizado predominantemente como elemento de organização de obras de arte.
O grid surgiu no Renascimento, quando o design gráfico nem havia sonhado em ter o nome ou a importância que tem hoje. A forma mais básica de organização de elementos era o ponto de fuga –O ponto de fuga colocava um foco que criava uma sensação de profundidade e dividia os elementos em retângulos simples que eram formados pelas linhas que corriam para ele. No século XIII o arquiteto Villard De Honnecourt criou regras de construção baseadas na geometria perfeita, que passaram a ser usadas na indústria da literatura impressa. À partir desse fato, é possível notar que os grids –que ainda não eram chamados assim- são o resultado do casamento entre Arquitetura e Representação Visual e, embora essas leis de geometria perfeita que resultam em páginas perfeitamente centradas e simétricas estejam longe da nossa realidade atual, preceitos como o retângulo de ouro –um retângulo de proporções 1:1.618 que, quando um quadrado é subtraído dele, se torna outro retângulo com as mesmas proporções, são utilizados até hoje como base do design gráfico.
O diagrama