PENSAMENTOS ANTROPOLÓGICOS: Agostinho de Hipona (354 - 430) e Tomás de Aquino (1221- 1274)
Agostinho de Hipona (354 - 430)
Tomás de Aquino (1221- 1274)
Agostinho de Hipona (354 - 430)
Tendo presente que Agostinho de Hipona, um reconhecido filósofo cristão que viveu entre os séculos IV e V, desenvolveu um importante pensamento antropológico, a descoberta da pessoa, que envolve o corpo e a alma no conceito de liberdade, guiado pela graça divina.
O bispo de Hipona trata dessa questão analisando a sua própria vida, como descreve em sua obra Confissões. Ao contrário de Plotino, e de qualquer outro autor da antiguidade, em Agostinho, dá-se a descoberta da interioridade. Ele inaugura a reflexão sobre o homem interior, enquanto indivíduo, na pessoa. Nesse contexto, o autor percebe que o homem é um ser criado por Deus, e por isso o criador mantem uma relação íntima com o ser criado.
Como pensador da patrística, a sua concepção de homem alcançou uma amplitude considerável e desempenhou um papel significativo na construção da antropologia no interior do cristianismo, a partir da matriz neoplatônica e dos textos paulinos.
Partindo da antropologia paulina, enquanto interpretação atualizada da doutrina do pecado original e da graça, Agostinho interpreta essa questão no horizonte da liberdade humana. Essa explicitação teológico-filosófica, o conduz à análise da relação entre o homem (criatura divina) e o seu criador.
A antropologia agostiniana será descrita aqui a partir de quatro eixos fundamentais, a saber: relação entre o humano e divino; a sabedoria como alimento da alma; o problema da liberdade e da graça divina. Nessa estrutura que o artigo pretende descrever e apresentar o pensamento antropológico de Agostinho que pressupõe o homem em um itinerário em direção a Deus
A posição antropológica de Agostinho parte, inicialmente, da necessidade de compreender o homem enquanto um verdadeiro problema filosófico. Para desvendar esse mistério, Agostinho procurou traçar uma relação entre o humano e o divino, ou seja, entre a vontade