Pensamento político de Platão
Os fundamentos do pensamento político de Platão, decorrem de uma correlação estrutural com as diferentes almas ou partes de uma mesma alma, criando uma organização social social ideal (utópica).
Alma
Cidade
Almas ou partes da alma Virtude
Classes sociais
Funções na Cidade Ideal
Alma Racional
(Nous)
Sabedoria
Filósofos
Supremos Guardiões da Cidade. O governo deve ser entregue a sábios, pois estes são os únicos que ascenderam às ideias superiores de Uno-Bem e Beleza.
Alma Irascível
(Thymós)
Força
Guerreiros
Dedicam-se à defesa, manutenção da ordem, tarefas militares e de policiamento.
Alma concuspiscente
(épithymia)
Moderação
Produtores
Dedicam-se às actividades económicas, produção de bens e ao comércio.
Para Platão, cada classe social devia apenas dedicar-se à sua função e virtude especifica, só quando isto acontece é que numa sociedade reina a harmonia e a felicidade.
A finalidade do Estado é educar os cidadãos na respectiva virtude, assegurando deste modo a sua felicidade.
O sistema educativo encontra-se ao serviço do Estado, e possui duas modalidades:
Uma educação obrigatória, comum a todos até aos 20 anos. Tem por finalidade formar cidadãos no respeito pelas instituições e dedicados à realização das suas funções específicas. Nesta educação fazem parte, entre outras matérias, a música (para permitir o controlo do homem das partes inferiores da alma) e a ginástica (para o controlo do corpo).
Una educação destinada exclusivamente a futuros governantes, e que se realizaria entre os 20 e os 35 anos. Esta educação consta de duas fases: a primeira corresponde à aprendizagem das matemáticas, e a segunda ao ensino da dialéctica e conhecimento das ideias superiores.
Platão mudou alguns aspectos deste modelo político, mas manteve sempre a ideia que a razão é que devia governar, sendo a única que podia proporcionar aos cidadãos