Pensamento Politico no Século XX
O século XX é considerado um período de grandes mudanças por vários historiadores como o egipício Eric Hobsbawm, um dos principais pesquisadores do tema. Ele destaca; na obra “The Age of Extremes: the short Twentieth Century, 1914-1991”, lançada no Brasil com o título: “Era dos Extremos: o Breve Século XX, 1914-1991”; que os impasses e catástrofes ao longo do século, edificaram o mundo no qual nos inserimos hoje. Hobsbawm é um estudioso marxista que orientou o seu trabalho a partir de tal ideologia para entender os paradigmas que provocaram a estrutura social vigente; porém, para entender como esta foi construída, devemos recorrer a âmbitos mais abrangentes do que o ideológico e político; mais, devemos entender os paradigmas que atravessaram do século XIX para o XX e fundamentaram os principais eventos deste.
Herdeiros do Iluminismo, os principais pensadores do século XIX tiveram, nas noções de Estado soberano baseado no “contrato social” de Jean-Jacques Rosseau, o modelo político básico para o sistema social; e na filosofia metafísica de Immanuel Kant, base para o modelo científico. Destaca-se o fato de que antes de Rousseau, a ideia de Estado não estava alinhada à idéia de contrato social, o que significa dizer, que o Estado era uma propriedade das famílias reais e da Igreja e não uma estrutura que buscasse políticas para atender os interesses gerais do povo. Enquanto Kant, além de complementar a filosofia moral de Rosseau com o seu conhecido imperativo categórico, ainda torna-se grande referência no desenvolvimento da filosofia e de todas as ciências modernas a partir de sua principal obra, a “Crítica da Razão Pura”; antes de Kant estávamos condicionados a entender o mundo com base no empirismo puro, na experiência e na fenomenologia; Kant atenta para o invisível, afirma que não conseguimos conhecer os objetos reais, conseguimos apenas conhecer o que somos capazes de pensar sobre eles, e a esta filosofia dá o nome de