pensamento politico medieval
INTRODUÇÃO
A Idade Média abarca um período tão extenso, que é difícil caracteriza-la sem incorrer no risco da simplificação. Afinal são mil anos ( 476/1453), entre a queda do Império Romano do ocidente e a tomada de Constantinopla pelos turcos.
A Alta Idade Média, período que sucedeu à queda do Império, é caracterizada por um estado de desagregação da antiga ordem e pela divisão do Império em diversos reinos bárbaros.
Desde o final do Império Romano, quando o cristianismo se tornara a religião oficial, estabelece-se a ligação entre Estado e Igreja, pois esta legitima o poder do Estado, atribuindo-lhe uma origem divina.
Após a formação dos reinos bárbaros, essa relação é retomada no reino franco por Clovis e Pepino. No ano 800, Carlos Magno restaura de certa forma a unidade do poder secular com a fundação do Império do Ocidente. Ao ser pomposamente sagrado imperador pelo Papa Leão III, reforça ainda mais a aliança entre política e religião.
Nesse contexto de extrema fragmentação política e descentralização do poder, a Igreja exerce enorme influência, na medida em que mantém o monopólio do saber.
Desde a invasão dos bárbaros, a cultura greco-latina permanecera por muito tempo confinado aos mosteiros, ressurgindo lentamente após o século VIII, no período conhecido como Renascimento Carolíngio, ocasião em que Carlos Magno mandou fundar várias escolas junto a Igreja e Mosteiros.
De inicio os religiosos tinham receios quanto a produção dos gregos, por serem eles pagãos, mas com as devidas interpretações e adaptações segunda a fé cristã, o pensamento medieval é fertilizado inicialmente pelo pensamento de Platão e Aristóteles.
A influência de Platônica está presente em Santo Agostinho, que viveu no período do Império Romano.
A influência Aristotélica aparece em Santo Tomás de Aquino ( séc. XIII ), um dos expoentes da filosofia escolástica.
As influências de Platão e Aristóteles no terreno da reflexão política foram marcantes