pensamento europeu
O século XVIII assiste à elaboração de numerosas ideias fundamentais do mundo moderno, isto no seio de uma Europa que domina o mundo, num período marcado pelo progresso económico e pela ascensão da burguesia. Enquanto esta trava o combate que irá garantir-lhe a supremacia social, nascem palavras-chave, criações originais e características da cultura europeia.
Em primeiro lugar, a ideia das luzes naturais da razão que guiam os homens, dando-lhes a maioridade e autonomia.
A segunda ideia, omnipresente, é de natureza, reabilitada no século XVIII e sentida então como acolhedora (Rousseau, etc.).
Terceira ideia: a de história; o século XVIII é o século da história, que surge a todos os níveis (história do mundo, história natural, etc.). Por fim, não esqueçamos o progresso, fundamental em Condocert.
Finalmente é no século XVIII que vemos claramente a elaboração da ideia de Europa una, como testemunham os grandes textos de Jean-Jacques Rosseau consagrados ao projecto de paz perpétua: anuncia-se a , sob o signo da filosofia de Jean-Jacques, mas também de Voltaire.
Um século complexo e grave
A imagem comum do século XVIII é de um período frívolo, superficial e fácil. Ao contrário das ideias adquiridas, trata-se de uma época complexa e grave, apaixonada pela liberdade e pela razão. Comenta Jean Starobinski, é a Europa burguesa do século XIX que cria a imagem de um século XVIII tão elegante quanto superficial, fruto de uma espécie de mitologia de Antigo Regime. Devolvamos a este século a sua complexidade, a sua gravidade, o seu gosto pelos grandes princípios e pela tábua rasa; por detrás de todos os nossos empreendimentos atuais, por detrás de todos problemas, encontramos a sua presença. Somos historiadores: criou ou, pelo menos, impôs a noção moderna de história. Meditamos sobre as artes: assistiu ao desenvolvimento de uma reflexão estética independente […] Afastamos da imagem frívola do século XVIII.
Este século é um período de