Pensamento cristão
REVOLTA DO RONCO DAS ABELHAS
A Revolta do Ronco da Abelha foi um movimento ocorrido no sertão do Nordeste brasileiro, entre 1851 e 1854, e que não chegou a ter repercussão nacional.
A Revolta
Decretos de 18 de Junho de 1851
É possível perceber que tanto a elite, como a população nordestina, não estavam contentes com o governo colonial, e mesmo com a Independência do Brasil se mostravam igualmente desiludidos com o primeiro reinado do Império Brasileiro. A partir da regência, a elite nordestina foi se conciliando com o Governo Central, deslocando a insatisfação para a população.
O quadro da população livre do nordeste era a uma pobreza bastante significativa que não encontrava meios de se manter mediante a mão de obra escrava que, no momento, era excedente para a crise econômica que se instalava na região desde o fim do domínio Português.
A grande parte do reinado de Pedro II dedicou-se a modernizar o sistema imperial, acreditava-se que o Império Brasileiro era parte da esfera ocidental cristã europeia na América. Um país mais civilizado que seus vizinhos, principalmente por ser uma monarquia contrastando com as ditaduras militares no Prata. Embora na realidade a população, principalmente no nordeste, estivesse bastante longe desta civilidade almejada.
Uma das situações mais arcaicas que se encontrava no Império era a falta de uma estatística populacional, para isso foram feitos os decretos 797 - Censo Geral do Império e o 798 - Registro Civil dos Nascimentos e Óbitos.
O Censo Geral determinava o arrolamento da população para o censo que seria realizado no dia 15 de Julho de 1852, com fixação dos editais nas Igrejas Matrizes e anúncios em jornais em 1º de Julho daquele ano. Mas a realização de um censo não ocorreria sem a criação do registro civil dos nascimentos e óbitos, realizado pelos escrivães dos Juizados de Paz dos distritos, a partir de 1º de janeiro