Pensamento Capitalista
A sociedade capitalista teve sua origem na Idade Média, quando as antigas corporações feudais se desintegraram e, com isso, os mestres e aprendizes instalaram empresas de propriedade individual, com operários assalariados que fabricavam manufaturados em série.
Nasceu assim a burguesia (nome derivado de “burgo”, isto é “cidade”, pois os donos das empresas moravam na cidade, enquanto os senhores feudais, pelo fato de serem grandes proprietários de terra, moravam nos castelos rurais).
Nesta sociedade, as funções produtivas, as prerrogativas, os direitos e deveres de cada um eram pré-estabelecidos e definitivos do nascimento até a morte. Esta estrutura feudal padronizada e hereditária não era interessante para os novos empresários.
Essa burguesia nascente não aceitou a sociedade feudal “fixa e fechada”, porque a liberdade de empresa (a liberdade de produzir e comercializar) inexistia, uma vez que todos os aspectos da vida social eram codificados e controlados pelos senhores feudais, a começar pelo primeiro deles, o rei, associados à Igreja (também grande proprietária de terras). Essa contestação colocou em dúvida também a origem divina do poder e colocou o indivíduo como devendo ser o articulador (com base num pacto com os outros indivíduos) da ordem social.
Esta idéia de uma sociedade construída sobre a base de um “contrato” entre indivíduos livres e iguais (em oposição às desigualdades da sociedade feudal), que instituem o Estado, para serem por ele protegidos no exercício das respectivas liberdades individuais (compatíveis com a convivência social) encontra sua formulação mais clara na obra “O Contrato Social”, de J. J. Rousseau. Esta obra serviu como base teórica para a Revolução Francesa, mãe da sociedade capitalista.
Na Inglaterra, a burguesia tinha conquistado, aos poucos, a liberdade de empresa e o direito de participar das decisões políticas a partir de um pacto com o poder real e o dos senhores feudais.
Na França, a revolução apoiada