Pensadores - Pedagogia - Didática
Extraído da revista Nova Escola – Janeiro/Fevereiro, 2001.
Aprenda com eles e ensine melhor
Conhecer a produção dos grandes pensadores ajuda a aprimorar o trabalho em classe e crescer na profissão
Quando você observa seus alunos e avalia quanto cada um já sabe antes de introduzir um novo conceito em sala de aula está colocando em prática, mesmo sem se dar conta, as idéias de vários pesquisadores. Muitas atitudes que parecem apenas bom senso foram, ao longo dos anos, objeto de estudo de gente como Emilia Ferreiro, Célestin Freinet, Paulo Freire, Howard Gardner, Jean Piaget e Lev Vygotsky. Apesar de seus trabalhos não coincidirem em muitos aspectos, em outros tantos eles se complementam. "Todos partem do princípio de que é preciso compreender a ação do sujeito no processo de aquisição do conhecimento", sintetiza a pedagoga Maria Tereza Perez Soares, uma das coordenadoras gerais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de 1ª a 8ª série.
A vida e o trabalho desses seis pensadores foram o tema mais lembrado por nossos leitores em cartas e e-mails enviados à redação como resposta à pergunta: "Qual reportagem você leu em NOVA ESCOLA, não esquece e gostaria de ver republicada?" A resposta está nas próximas páginas. Você vai (re)ver aqui as principais idéias difundidas por eles, com uma novidade: quais são os erros de interpretação mais comuns em nosso país.
Tantos professores estão interessados nos aspectos teóricos da profissão por vários motivos. Em primeiro lugar, por sua atualidade. Todas essas idéias estão reunidas nos PCN. Além disso, já se foi o tempo em que uma corrente de pensamento era eleita a preferida (tal qual moda), enquanto as demais eram simplesmente esquecidas.
Prova disso é o recente sucesso da teoria das inteligências múltiplas, de Gardner. Muito festejada, ela foi adotada por algumas escolas que não deixaram de lado os ensinamentos em que se baseavam até então. "Ninguém pode se valer de apenas um