Penas alternativas
Policiais pressionaram pela aprovação de piso salarial da categoria e geraram tumulto na Câmara. A manifestação ocorreu, nesta quarta-feira, no corredor de acesso à sala da Liderança do Governo. Dezenas de policiais civis e militares cobraram do líder Cândido Vaccarezza (PT-SP) a imediata votação das propostas de emenda à Constituição (PECs 300/08, 340/09 e 446/09) que tratam do piso salarial para os policiais e bombeiros. A Polícia Legislativa chegou a ser acionada para conter os ânimos exaltados. Apesar do tumulto, Vaccarezza disse que não houve agressão. "Eles estavam gritando lá fora. Eu passei entre eles. Não houve nenhuma agressão física comigo. Eu fui falar com eles porque eu acho que, aqui na Câmara, uma autoridade não pode se acovardar. Eles estavam exaltados e eu fui dizer qual era a posição do governo.” Definição posterior
Vaccarezza disse que o governo defende a aprovação da proposta, mas com uma nova redação. O texto garante o direito de um piso salarial para policiais e bombeiros, mas o valor e os detalhes do fundo de onde sairão os recursos somente seriam definidos em um futuro projeto de lei complementar. Esse projeto será enviado ao Congresso Nacional 180 dias após a promulgação da emenda constitucional. O líder do governo lembrou que a aprovação de uma PEC precisa dos votos favoráveis de, pelo menos, 308 deputados e explicou os motivos que dificultavam a apreciação da matéria nesta quarta-feira. "O governo tem uma redação e tem acordo. Eu quero votar o pré-sal e a PEC 300. O presidente da Câmara, Michel Temer, está viajando e quer votar esses temas com a presença dele”, ressalta o deputado. Ele disse que o governo não vê problemas na nova redação da PEC 300/08. “Mas isso é um assunto do Colégio de Líderes e não está na pauta para hoje. A obstrução, não somos nós que estamos fazendo. É a oposição que está fazendo. E há poucos deputados na Casa",