Pelotamento
A formação das pelotas cruas, também conhecida como pelotamento, é uma das etapas mais importantes do processo de pelotização, sendo influenciada por diversos fatores, com reflexos diretos sobre a qualidade do produto final. Dentre os quesitos decisivos para a formação das pelotas cruas e garantia de suas propriedades, destacam-se: teor de umidade da mistura, distribuição granulométrica e estrutura cristalina das partículas, superfície específica, estrutura de poros dos grãos, características químicas da mistura, natureza e quantidade de aglomerante utilizado, tipo de equipamento e condições operacionais adotadas. O processo de formação das pelotas é similar ao de uma bola de neve rolando por uma ladeira íngreme, o que resulta num corpo redondo. Para a formação das pelotas cruas, há a influência recíproca de duas fases, sendo uma sólida (pellet feed) e outra liquida (água). As forças de interface têm um efeito de liga que envolve o liquido, o ar e as partículas minerais. Estas forças consistem nas forças capilares, desenvolvidas nas pontes liquidas côncavas existentes entre as partículas da superfície da pelota. As forças resultantes da tensão superficial provocam reações de igual intensidade nas partículas minerais. Nas superfícies líquidas côncavas formam-se poros abertos e a reação capilar mantém as partículas minerais unidas. Nessas condições, surge a resistência da pelota crua a tensões mecânicas. É importante lembrar que a água é o principal agente na formação das pelotas cruas.
Peneiramento de Pelotas cruas
Após a formação das pelotas no disco de pelotamento, estas passam por um processo de classificação por tamanho através de uma peneira classificatória (peneira de rolos), onde as pelotas menores que 8 mm e maiores que 18 mm são desagregadas e retornam ao processo de pelotamento.