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Durante os anos de 1960 e 1980, o Brasil seguiu orientado pelo avanço do projeto de industrialização nacional, com importante impacto decorrente do movimento geral de urbanização. A transição populacional do campo para a cidade ocorreu em simultânea ampliação da estrutura ocupacional urbana, especialmente puxada pelo setor industrial e construção civil. Da mesma forma, o setor terciário (comércio e serviços urbanos) cresceu consideravelmente, permitindo que as novas ofertas de emprego fossem superiores, em geral, aos postos de trabalho do meio rural, não obstante o predomínio da baixa remuneração dos empregados nas cidades. No período de 1960 e 1980, por exemplo, o valor real do salário mínimo teve queda média anual de 1,6%, embora a ocupação total tenha aumentado 3,1% com media anual.
Mesmo com a redução na taxa de pobreza (-1,3% ao ano) e a elevação nos anos de escolaridade dos brasileiros, o grau de desigualdade na renda pessoal aumentou 1% ao ano durante o mesmo período de tempo. Em função disso, o padrão de mobilidade de mudança social verificado até o final da década de 1970 caracterizou-se pelo forte contraste entre a rápida elevação da renda nacional por habitante e o forte aumento no grau de desigualdade na repartição dos frutos do crescimento econômico. A década de 1960 representou um período de mudanças, inclusive na reformulação do código de 1947 para o de 1965, aprovado um ano após o golpe militar, sofrendo reflexos da ditadura. As mudanças no documento direcionam a importância de zelar pela família, visando à harmonia, o equilíbrio e a paz social (AGUIAR, 1995). Assim, carregado de caracteres da ideologia da autocracia burguesa (PAULO NETTO, 1991), o Código de 1965 consolida sua missão: conservar toda estrutura ideológica, a partir do contexto da autocracia burguesa, como forma ídeo-política do conservadorismo burguês.
Perpassando o período da ditadura, o movimento de reconceituação foi "um fenômeno tipicamente latino-americano na década de

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