Pedágio urbano
Vem-se discutindo a adoção do pedágio urbano em São Paulo (SP), essa medida visa à diminuição do tráfego de automóveis nas ruas de SP. Essa discussão é fruto do crescimento acentuado no número de veículos, onde já existe um sistema de rodízio para amenizar a situação.
Waisman não é a favor do pedágio urbano. Defende três pontos importantes. No primeiro ele fala que é uma medida equivocada, pois há uma deficiência no transporte público, e isso acabaria que estimulando o uso de automóveis. No segundo o consultor relata que seria uma medida imediatista e preguiçosa do governo. E no terceiro e último ponto, Waisman diz que a adoção dessa medida causaria uma exclusão na população, pois só teriam acesso a esses locais, pessoas com poder aquisitivo bom.
Já Branco defende a idéia do pedágio urbano relatando que os congestionamentos por automóveis levam a um custo. Relata também que são baixos os investimentos no transporte público e que esse pedágio amenizaria a situação, diminuindo o tráfego de veículos e consequentemente contribuindo com o meio ambiente, no que resultaria também em alguns metros quadrados livres.
Os dois autores defendem a idéia de que São Paulo, o Brasil como um todo, não possui sistema de transporte público suficiente para a população, conseqüência de baixos investimentos nesse setor. O crescimento do número de automóveis nessa capital vem acarretando sérios problemas. Essa é uma discussão válida.
Bibliografia:
WAISMAN, Jaime·. Soluções mágicas e ônibus superlotados. São Paulo: Folha de São Paulo, 2012.
BRANCO, Marcelo Cardinale·. O custo social do transporte individual. São Paulo: Folha de São Paulo, 2012.
Emanuele Palhano de Oliveira
Graduanda de Enfermagem pela Instituição Camillo Filho (ICF)
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[ 1 ]. Doutor em engenharia de transporte pela USP,é professor da Escola Politécnica da USP e consultor na área de transportes de mobilidade urbana.
[ 2 ].