Pedro Alvares Cabral
Este é um trecho da célebre carta que o escrivão Pero Vaz de Caminha enviou ao rei D. Manuel, narrando o descobrimento do Brasil, em 22 de abril de 1500, e a permanência dos marinheiros portugueses aqui até o início de maio. O capitão citado no relato é Pedro Álvares Cabral.
Do período anterior a essa viagem, pouco se sabe da vida de Cabral, mas ele descendia de linhagem nobre, filho de Fernão Cabral e de D. Isabel de Gouveia. Aos 11 anos, foi para a corte de Afonso V, onde estudou humanidades e aprendeu a utilizar armas. Aos 16 anos, foi nomeado fidalgo da corte de D. João 2o. Casou-se com D. Isabel de Castro, sobrinha de Afonso de Albuquerque.
Graças a seus vastos conhecimentos em navegação e também por suas habilidades diplomáticas, Cabral foi nomeado pelo rei D. Manuel para comandar uma esquadra de 13 navios em expedição às Índias. Seria a segunda expedição às terras do Oriente, pois Vasco da Gama já havia realizado uma primeira viagem bem-sucedida, com a duração de dois anos, estabelecendo uma conexão marítima de comércio com a região.
A esquadra de Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa no dia 8 de março de 1500, com grande pompa. Era composta de 1.500 homens, entre eles navegadores experientes como Bartolomeu Dias e Nicolau Coelho, além de cientistas, padres, soldados e comerciantes.
No dia 14 de março, a expedição chegou às Ilhas Canárias e no dia 22 alcançou Cabo Verde, perto de onde uma das naus desapareceu para sempre. A