Pediatria
Print version ISSN 0021-7557
J. Pediatr. (Rio J.) vol.84 no.6 Porto Alegre Nov./Dec. 2008 http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572008000700014 COMUNICAÇÃO BREVE Relato de caso: transmissão vertical de dengue
Samara L. C. MarounI; Roberta C. C. MarliereII; Rovena C. BarcellusII;Claudia N. BarbosaIII; Jose R. M. RamosIV; Maria E. L. MoreiraV
IMédica residente, Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ
IIMédica residente, Instituto Fernandes Figueira, Fiocruz, Rio de Janeiro, RJ
IIIMédica neonatologista. Responsável, alojamento conjunto, Instituto Fernandes Figueira, Fiocruz, Rio de Janeiro, RJ
IVChefe, Departamento de Neonatologia, Instituto Fernandes Figueira, Fiocruz, Rio de Janeiro, RJ
VMédica neonatologista. Docente permanente, Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher, Instituto Fernandes Figueira, Fiocruz, Rio de Janeiro, RJ
Correspondência
RESUMO
OBJETIVOS: Relatar um caso de transmissão vertical de dengue ocorrido durante epidemia de 2008 pelo vírus tipo II no Rio de Janeiro e revisar a literatura sobre transmissão vertical de dengue.
DESCRIÇÃO: Relatamos um caso de transmissão vertical de dengue. Recém-nascido a termo do sexo feminino, peso de nascimento de 3.940 g, foi admitida na unidade de terapia intensiva neonatal com rash cutâneo, hipoatividade e febre no quinto dia de vida. O hemograma evidenciava plaquetopenia importante (38.000 plaquetas). A mãe apresentou quadro clínico compatível com dengue 3 dias antes do parto. Foram colhidos então IgM para dengue da mãe e do recém-nascido, realizados pelo método de ELISA, sendo positivos em ambos. Dengue tipo 2 foi detectado no recém-nascido através de reação em cadeia da polimerase.
COMENTÁRIOS: Este relato enfatiza a importância do pediatra estar alerta para a possibilidade de transmissão vertical de dengue iniciando precocemente o tratamento.
Palavras-chave: Gravidez, dengue, recém-nascido.