Pedagogos em instituições não escolares
1. TÍTULO: Transição educação e trabalho: as novas competências na formação do pedagogo para sua inserção ocupacional para além da docência.
2. APRESENTAÇÃO:
Em meu trajeto na docência do Ensino Superior sempre ouvi muitas histórias dos meus alunos docentes trabalhadores das mais variadas áreas de atuação. Fui observando com o tempo que em quase todas as áreas o interlocutor demonstrava uma necessidade implícita ou não de debater questões como: “Estou no caminho certo?” “O curso de Pedagogia está me preparando para resolver estas questões?” “O que faço da minha vida profissional?” “O mercado de trabalho tem compreensão da formação que eu recebo?” É claro que todas essas dúvidas não dizem respeito somente a questões de produtividade. Referem-se também a forma como eles se responsabilizam pelos compromissos que assumem profissionalmente, pelas decisões que tomam relacionadas á sua formação e carreira.
É fato que este cenário me aproximou cada vez mais desses alunos, de suas histórias e de seu universo. Minha preocupação como educadora, em uma formação eficaz e com os meios adequados para alcançar tais objetivos crescia. Mais que isso, o que brotava em mim era a necessidade de pesquisar, de ir além. Expresso meu sentimento com a afirmação de Freire (1996, p.76 e 77)
O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente.
Hoje, faço da minha prática um lugar ainda melhor e mais dinâmico. Continuo a ouvir as histórias dos meus alunos, por isso sempre promovo debates para que contem suas experiências. Das perguntas surgem e suscitam-se mais perguntas e das respostas, novas perguntas. Alguns trazem textos, bibliografias, além das conquistas, alegrias, angústias,