Pedagogia
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Em várias áreas, a desigualdade ainda é uma das características mais marcantes do nosso país, um eco da nossa história, que torna comum a ideia de que é natural que haja diferenças de oportunidades entre os grupos sociais. E a desigualdade educacional talvez seja a mais cruel de todas. Tão importante quanto melhorar a qualidade da educação básica, garantindo a aprendizagem de que os alunos precisam para a vida, é combater as desigualdades educacionais.
Diversos indicadores educacionais apontam para resultados extremamente desiguais. E um resultado ruim puxa outro. As crianças que vivem em famílias mais pobres frequentam menos a educação infantil. A taxa de conclusão do ensino médio é menor entre os jovens cujas mães têm baixa escolaridade. As escolas que apresentam resultados de desempenho mais baixos estão concentradas nas regiões mais pobres.
Em um país tão desigual, as médias dizem pouco. Elas são insuficientes para a avaliação dos cenários reais. Escondem, por exemplo, os que estão muito lá atrás ou os que estão muito à frente. Quando o foco era universalizar as matrículas, as políticas eram mais homogêneas, pois construir uma escola, por exemplo, para uma criança com mais dificuldade em matemática é igual a construí-la para outra que esteja defasada em leitura e escrita. Atualmente, o maior desafio é a qualidade do ensino, o que torna a política educacional mais complexa, pois ganhos de qualidade com maior equidade dependem de reconhecermos as diferentes necessidades de cada rede, escola e aluno. Portanto, precisamos ter diagnósticos claros e mais desagregados, estratégias diversificadas e mais precisas e implementação competente e mais eficaz.
TOPO DO RANKING
Não existe qualidade sem equidade. Os países que estão no topo do ranking mundial da educação apresentam uma média alta de desempenho e baixa desigualdade entre alunos e redes. Um exemplo é o Canadá, país entre os cinco primeiros colocados no Pisa –