PEDAGOGIA
• Tópicos
• 1. Nosso ponto de vista
• 2. A Revolução de 1930
• 2.1 O papel da igreja e das forças armadas
• 2.2 O significado da Revolução para a escola brasileira
• 3. O Estado Novo
• 3.1 A nova educação
• 3.2 As "Leis Orgânicas"
• 3.3 Bibliografia
1. Nosso Ponto de Vista A crise da "República do café“ como apelidava Lima Barreto, fortemente entrelaçada com a do capitalismo internacional de 1929, cavaria largas fendas na hegemonia oligárquica. A Revolução de 30 que a procedeu, o tenentismo, o impulso reformista do Governo Provisório liderado por Getúlio Vargas, e do lado oposto, o ideário progressista constituía forças que, na sua interação provocaram revisões fundas no quadro institucional do país (Alfredo Bosi, A Educação e a Cultura nas Constituições Brasileiras, p 211). Essas colocações nos dão, sinteticamente, o referencial mais amplo da análise mais amplo de análise dos anos 1930-45; a ideia de “reconstrução da nação”. É nele que vamos inserir a questão da educação escolar brasileira. Atingir o alvo que não tinha sido alcançado nos movimentos de 1822 e 1889, agora intentado pelo caminho do desvedamento da cultura brasileira. De outra parte, é interessante lembrar que todo esse período de 1930-45 já é nomeado Era Vargas, pois os componentes de autoritarismo e nacionalismo que costumam ser vistos como marcas do Estado Novo (1937-45) já estavam presentes na própria Revolução de 1930, devido à influência das Forças Armadas e da Igreja Católica que concorreram, para tornar visível este movimento na medida em que viam nele uma oportunidade de colocarem em prática os seus projetos de “educação do povo”
2.1 A Revolução de 1930
O movimento de 1930 foi interpretado durante muito tempo como a tomada de poder por um grupo social específico, a burguesia industrial. Hoje os autores concordam em considerá-lo um movimento heterogêneo do ponto de