Pedagogia

ESCRITA E AVALIAÇÃO DA ESCRITA NA ESCOLA: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DE TEXTOS PRODUZIDOS POR CRIANÇAS EM PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Marília Claret Geraes Duran Introdução O objetivo deste trabalho é o de problematizar algumas práticas de avaliação da escrita na escola. Tenho presente as importantes contribuições de Geraldi (1997) na perspectiva de evidenciar o caráter artificial do processo de produção de “redações” na escola e nos aproximarmos do uso que, efetivamente, se faz fora da escola, da modalidade escrita e o próprio ato de produção escolar de textos. Para isto, diz o autor:
[...] para mantermos uma coerência entre uma concepção de linguagem como interação e uma concepção de educação, esta nos conduz a uma mudança de atitude – enquanto professores – ante o aluno. Dele precisamos nos tornar interlocutores para, respeitando-lhe a palavra, agirmos como reais parceiros: concordando, discordando, acrescentando, perguntando, etc. (p.128-129).

Como o professor lê os textos produzidos por seus alunos? Como analisa e avalia as suas produções escritas? Que critérios norteiam a atividade de avaliação? Qual o modelo de referência que os professores utilizam para a avaliação da escrita? Que expectativas têm os professores a respeito dos textos produzidos pelas crianças? O que esperam que as crianças produzam por escrito? Para esta discussão, estarei tomando como referência dois tipos de produções escritas de crianças em processo de alfabetização: Um primeiro conjunto de textos escolares1, do tipo “ditado”, produzido por alunos no seu primeiro ano de escolaridade e já considerados, pelas suas professoras, como crianças que provavelmente deveriam permanecer no ciclo básico, ao final do ano letivo.

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Recolhidos para a elaboração da Dissertação de Mestrado defendida na PUC-SP, no Programa de PósGraduação em Psicologia da Educação, PUC-SP, 1988 (Ver referências bibliográficas).

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