Pedagogia
Os termos criança e infância, em diferentes espaços e tempos, possuem significados distintos e que acontecem de acordo com a ideologia vigente. Recorrendo ao dicionário Aurélio, encontramos a seguinte descrição para os termos criança e infância. O termo criança é o período da vida humana desde o nascimento até cerca de 12 anos. E infância é descrita como o período de vida que vai do nascimento à adolescência, extremamente dinâmico e rico, no qual o crescimento se faz, concomitantemente, em todos os domínios, e que, segundo os caracteres anatômicos, fisiológicos e psíquicos, se divide em três estágios: primeira infância, de zero a três anos; segunda infância, de três a sete anos; e terceira infância, de sete anos até a puberdade. É uma definição boa, sem dúvida, mas convém esclarecer que os significados da infância são construídos socialmente; são, portanto, atrelados a determinações culturais, sociais e históricas, para além do aspecto biológico.
De acordo com Áries (1981, p. 278), a família moderna retirou da vida comum não apenas as crianças, mas uma grande parte do tempo e da preocupação dos adultos. Ela correspondeu a uma necessidade de intimidade, e também de identidade: os membros da família se unem pelo sentimento, o costume e o gênero de vida. Isso é um indicador que a educação das crianças torna-se objeto de preocupação social.
A infância é percebida pela sociedade, em especial pela família, como uma fase de alegria, de brincadeiras e de inocência. Reconhecida como uma fase de extrema importância para a formação do futuro adulto. As transformações concretas nos modos de se entender e se relacionar com as crianças vêm sofrendo alterações ao longo da História. Desse modo, as concepções sobre infância são marcadas por avanços e retrocessos.
Observamos que existem concepções de infância convivendo, nada harmonicamente, no mundo contemporâneo. A infância percebida pela sociedade como