Pedagogia
Profa. Dra. Leny Magalhães Mrech
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo 1. INTRODUÇÃO
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Comissão Organizadora a lembrança do meu nome para participar deste evento. É uma enorme honra e prazer estar com os meus colegas de área a Enicéia, o Romeu e a Maria Lúcia nesta mesa - redonda.
Peço desculpas pela apresentação singela que farei a seguir. Ela diz respeito à coleta de dados que venho fazendo para um Banco de Dados de Educação Inclusiva. Ela parte de estudos referentes às origens da Educação Inclusiva, seus principais conceitos, procedimentos e as implicações nas práticas educacionais.
Devido a minha formação como psicóloga, socióloga, psicanalista e psicopedagoga tenho vivido a questão da Educação Inclusiva sob vários ângulos. Assim, irei transitar por alguns deles ao longo deste trabalho.
O tema Educação Inclusiva não é neutro. Desde o início, suscita uma série de posicionamentos prévios, tanto favoráveis quanto desfavoráveis. Tendo em vista este aspecto, e para tornar as discussões um pouco mais tranqüilas e menos emocionais, tenho optado, mais recentemente, por abordar a Educação Inclusiva como mais um paradigma da Educação Especial.
Em um texto recente (MRECH, 1999)[2] assinalei que a Educação Especial apresenta atualmente seis paradigmas fundamentais : o Paradigma da Segregação, o Paradigma da Desadaptação Social, o Paradigma da Prevenção ou Paradigma Psicopedagógico, o Paradigma da Integração, o Paradigma da Inclusão e o Paradigma da Psicanálise. Cada um destes paradigmas apresenta processos de formação e capacitação de docentes inteiramente distinto dos demais.
Para fins do tema que me foi solicitado, tentarei me concentrar apenas no Paradigma da Inclusão, lembrando que muitas das discussões ultrapassam seus próprios limites, estabelecendo conexões e inter-relações com os demais paradigmas.
2. O CONCEITO DE PARADIGMA APLICADO À