pedagogia
Publicado em setembro 6, 2013 | 2 comentários
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“Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que deu e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro (…) para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos.” ( João Cabral de Melo Neto)
Depois de falar sobre os pronomes demonstrativos há duas semanas, discutiremos os pronomes relativos e suas especificidades. Devemos lembrar que, tal qual os pronomes anteriormente citados, os pronomes relativos ajudam a estruturar períodos de forma coesa e estão presentes nos períodos compostos por mais de uma oração.
Vamos reconhecê-los?
Utilizaremos uma pequena tabela para visualizá-los melhor.
Os exemplos a seguir irão mostrar o quanto a presença, ou a ausência, dos pronomes relativos ajudam, ou comprometem, uma construção textual.
Observe.
Ex: Esta é a profissão de que gosto. (= Esta é a profissão. Gosto desta profissão.)
Perceba que a presença do pronome relativo QUE torna os períodos enxutos e conectados entre si, enquanto que a ausência dele deixará que a repetição de termos no período se torne inevitável. Então sua importância está, principalmente, nesse particular.
Todos os pronomes relativos referem-se ao termo anteriormente citado. A exceção para essa característica fica somente para o pronome relativo CUJO ( e suas variações) que se refere ao termo posteriormente citado.
Vejamos alguns exemplos.
1- Ex: Essas são as casas a cujas janelas eu me referi. ( cujas se refere ao nomejanelas)
Lembrete: o pronome relativo CUJO e variações não terão a companhia de artigos.
2- Ex: Vi a garota sobre quem se falou durante as férias. (quem se refere à palavragarota )
Lembrete: o pronome relativo QUEM será utilizado quando se referir a pessoas.
3- Ex: Os consultórios para os quais presto serviço, ficam em Salvador.
Lembrete: os