pedagogia
No Quarto capítulo a autora trata da severa crítica que sociolinguísticas fazem aos sociólogos, sobretudo aos psicólogos que desenvolveram a teoria da deficiência linguística. Estes estudiosos, usando-se de uma impropriedade científica afirmando a existência de uma língua “melhor” mais “adequada”, “superior”. Já anos mais tarde sociólogos e antropólogos mostraram que na verdade havia uma infinidade de variações linguísticas, para cada cultura existente. Foi então que Lagov, na década de sessenta apresenta as primeiras pesquisas que irão desmistificar a teoria da deficiência linguística. O estudioso constatou que as crianças dos guetos, ao contrário do que se pensava, usavam muito mais frases com sentido do que crianças das camadas mais favorecidas, pois as crianças (dos guetos) são mais estimuladas verbalmente do que qualquer outra.
O Quinto capítulo estrutura-se sobre a idéia de que até hoje pesquisadores descobrem diferentes expressões e vocabulários para justificar o real problema das camadas desprivilegiadas, mas mesmo assim tal teoria tem se mostrado ineficaz, pois ignoram o fato essencial que pretendem resolver. Na verdade o que se sabe é que o fator essencial está na relação entre educação e sociedade, e como a escola é vista por essa estrutura social. Uma vez que as instituições escolares impõem os saberes de uma classe dominante, por mais que se