Pedagogia

EDUCAÇÃO ESCOLAR E CULTURAS:
CONSTRUINDO CAMINHOS

Na sociedade em que vivemos hoje, deparamos com muitas dificuldades no trabalho docente nas escolas tanto municipais quanto estatuais. Lidar com diferenças de costumes, hábitos, de educação vindo dos lares, tem tornando assim um maior trabalho para o professorado em relação ao processo curricular. Nota-se que o inevitável caráter multicultural das sociedades não responde as contradições e as demandas provocadas pelos processos de globalização econômica e de mundialização da cultura.

A centralidade da cultura

A cultura tem sido considerada uma atividade que não se aparta das atividades características e das interações da vida cotidiana, o que implica o reconhecimento da importância das ações e das experiências dos indivíduos nas analises dos fenômenos sociais. Para Hall (1997) estamos mesmo diante de uma revolução cultural, evidenciada pela significativa expansão do domínio configurado por instituições e praticas cultural. A expressão centralidade da cultura, empregada por Hall, refere-se exatamente a forma como a cultura penetra em cada recanto da vida social contemporânea, tornando-se elemento-chave no modo como o cotidiano é configurado e modificado. Assim, a cultura não pode ser estudada como variável sem importância, secundaria ou dependente em relação ao que faz o mundo se mover, devendo, em vez disso, ser vista como algo fundamental, constitutivo, que determina a forma, o caráter e a vida interior desse movimento.

Escola e cultura(s)

Não há educação que não esteja imersa na cultura da humanidade e, do momento histórico em que se situa. A escola é uma instituição cultural, portanto, as relações entre escola e cultura não podem ser concebidas como entre dois pólos independentes, mas sim como universos entrelaçados. Vemos assim que suas relações como intrinsecamente constitutivas do universo educacional, cabe indagar por que hoje essa constatação parece se revestir de novidade, sendo mesmo