pedagogia
A filosofia não é uma disciplina que se faz pelo pensamento apenas, não é como a história ou a física que são disciplinas empíricas, ou seja, pela experiência, que não usa laboratórios, estatísticas, observações telescópicas ou microscópicas.
Neste aspecto, a filosofia está mais próxima da matemática, que é também uma disciplina. Isto não significa que não possamos, em filosofia, apresentar hipóteses de caráter experimental. Não são apenas hipóteses filosóficas: são hipóteses sociológicas, psicológicas, biológicas ou outras.
A filosofia distingue-se de disciplinas como a história ou a física por apresentar poucos resultados consensuais: a maioria dos problemas centrais da filosofia continua em aberto. Não há respostas concretas sobre se temos ou não livre-arbítrio, se Deus existe, quais são os fundamentos da ética, ou sobre a natureza da arte. É diferente da história, da biologia ou da física que são disciplinas de muitíssimos resultados amplamente consensuais. É importante compreender que a maioria dos problemas centrais da filosofia continuam em aberto, pois:
1. Não significa que não há resultados; claro que há! As diferentes ideias defendidas pelos diferentes filósofos são resultados da filosofia, só que não são resultados substanciais consensuais, ou seja, resultados fundamentais que a generalidade dos filósofos aceite. Alguns filósofos defendem que temos livre-arbítrio, outros defendem que não temos; alguns defendem que o mal moral e natural é compatível com a existência de um Deus teísta, outros defendem que não; alguns que a arte pode ser definida, outros defendem que a arte não pode ser definida; alguns defendem que as intenções não contam na avaliação moral das ações, outros defendem que contam, e assim temos divergências entre eles no conceito, nas respostas encontradas para a mesma pergunta.
2. Não significa que não há alguns resultados consensuais em filosofia. Também os há, mas estes não são substanciais, no sentido em