Pedagogia
Kely Tiziano Garcia Dibo Costa
Cultura e identidade surda Muitas das vezes, quando ouvimos falar sobre cultura, lembramos de nossos costumes, obrigações e direitos pré-determinados para uma vida politicamente normal, porém, nunca imaginamos se existe uma cultura específica para cada grupo de pessoas, que se classificam por algum motivo, diferentes em relação a maior parte das população. Em relação a este assunto, podemos afirmar que a população em geral, é parcialmente egoísta, pois quase sempre levam em consideração apenas a maioria das pessoas (pessoas “normais” – que não possuem diversidades aparentes), e acabam esquecendo dos pequenos grupos, que de alguma maneira são diferentes para a sociedade em geral. Dentre estes grupos, os mais comuns são: os cegos, os deficientes físicos, os indígenas, os surdos, etc... Neste contexto, temos como objetivo falar sobre a identidade e cultura de apenas um desses grupos anteriormente citado: os surdos. Pode-se afirmar que, em nosso cotidiano do dia a dia, pelas ruas de nossa cidade, existem muitos cidadãos que circulam entre nós, que fazem parte deste grupo, porém, não é tão fácil identificá-los como os outros. Pois aparentemente, eles são como nós, e sem a comunicação interpessoal, realmente podemos afirmar que seria impossível de reconhecer cidadãos de tal grupo. A partir desta conclusão, notamos a principal característica que forma a identidade de um surdo, “o idioma”, “o dialeto”, “a maneira de se comunicar”, resumindo: a linguagem de LIBRAS (linguagem de sinais). O uso da língua de sinais, então, pode ser entendido como um dos aspectos definidores da “auto-identidade” de uma minoria lingüística ou étnica, mas não significa, que para participar de uma “comunidade surda” tem-se que, necessariamente, usar ou conhecer a língua de sinais. É importante lembrar, que nem todos os surdos estão dentro da cultura surda, e nem todos que estão dentro desta cultura, são