Pedagogia
A criança, no geral, chega à escola já com algumas hipóteses sobre a estrutura da língua escrita, sabe que a mesma é composta por símbolos diferentes de desenhos, por exemplo. E ao entrar em contato com este código linguístico, por meio da orientação e mediação do professor será capaz de compreendê-lo e utilizá-lo.
No entanto, para que este processo aconteça de forma prazerosa e significativa é importante que o mesmo não seja trabalhado de forma sistemática. O professor deve respeitar o conhecimento prévio dos alunos, o tempo de aprendizagem de cada um e, além de tudo, interagir com os mesmos para saber o quanto já descobriram sobre a escrita e quais são suas deficiências. A escrita deve ser vista pelos alunos como uma forma de comunicação e interação social e não como algo que deve ser aprendido apenas por estar freqüentando a escola.
No entanto, saber escrever não significa saber ler, pois há muitos alunos copistas, ou seja, alunos que “escrevem”, mas que não conseguem atribuir significado ao código que apenas decodificam por meio da fala. O ato de ler transcende a decifração de caracteres. Ler é interpretar a mensagem, dar sentido ao que está escrito.
A aquisição da leitura é um processo que deve acontecer de forma natural para a criança, seja ouvindo uma história, folheando um livro ou observando textos escritos que estão por toda parte, não só na escola. A criança, mesmo não dominando ainda o código escrito, é capaz de realizar leituras, pois já possui uma lógica que a possibilita compreender uma história apenas observando imagens ou “ler” o nome de um determinado produto por já ter tido contato com o mesmo.
A leitura, assim como a escrita, deve ser apresentada ao aluno como um instrumento de interação e transformação do mundo em que vive. Apesar de complementares são duas técnicas de aprendizagem