pedagogia
O supracitado educador relata "Pais que gostam de ler adoram quando seus filhos devoram livros; pais que não gostam de ler ficam admirados quando seus filhos demonstram gosto pela leitura. Crianças ricas são fascinantes quando se mostram encantadas pelo hábito de ler e nada é mais doce que observar crianças pobres descobrindo a biblioteca." Continua o educador perguntando "É possível ensinar uma criança a gostar de ler?"
O autor observa que nossos hábitos, bons ou maus, são sempre adquiridos. As pessoas nascem com esta ou aquela característica física, a carga genética responde pela escultura do corpo e em parte pela potencialidade da mente, mas o desenvolvimento de gostos ou hábitos - como, por exemplo, o hábito de ler - é sempre uma característica aprendida.
Para Celso Antunes, se desejarmos que as crianças amem a leitura, é essencial que esse estímulo seja carregado de intencionalidade.
E como fazer?
A palavra-chave para desenvolver na criança o gosto pela leitura é intencionalidade. Essa palavra se opõe a acidentalidade e, dessa maneira, descobre-se que é essencial que pais e professores mostrem forte intenção em despertar nos filhos e nos alunos o gosto pela leitura.
A intencionalidade necessita vir acompanhada de "procedimentos" que, materializando as intenções, possam torná-las efetivas. E parece não haver melhor maneira de desenvolver hábitos em relação à leitura do que criar um ritual próprio, isto é, fazer desses hábitos