pedagogia
Dos 29 relatos apresentados nas duas regiões analisadas neste artigo, apenas um teve como foco de pesquisa a criança pequena e suas experiências cotidianas. O relato de um CEI, cuja pergunta problema era como dar voz as crianças na instituição, provocou no grupo a reflexão sobre como tornar a criança centro do processo educativo da Unidade. Discutiu-se que nem sempre é fácil encontrar nas unidades situações que revelam práticas que mostram a criança como protagonista. O protagonismo infantil tem se dado a passos lentos no cotidiano das instituições, revelando a necessidade da criação de instrumentos de observação pela dupla gestora juntamente com os professores para perceber como se dá a escuta das crianças e considerar essa questão como conteúdo permanente de formação.
Um outro relato destacou a necessidade dos gestores pensarem junto aos profissionais das unidades a respeito dos espaços que as crianças têm nas instituições, considerando que ao longo dos últimos anos tem ocorrido um confinamento da infância nas unidades e um rompimento com os primeiros projetos de parques infantis em que havia grande espaço externo para as crianças explorarem. Questionou-se: Como os gestores conseguem intervir nesse processo de “confinamento da infância” em instituições com espaços cada vez mais reduzidos? Como é possível contribuir, avançar, além da reclamação? Diante desse questionamento ficou explicito a necessidades dos profissionais se posicionarem e terem voz na definição de políticas públicas para a criança