Pedagogia - escola am cultura
A formação da cultura na Amazônia tem estado intimamente ligada à colonização e à economia.
A rebeldia dos indígenas, a rarefação populacional, a extensão imensa da terra, a luta contra os invasores nas suas interativas sortidas, o desenvolvimento econômico precário - tudo isso contribuiu para que nada ou quase nada resultasse em favor da cultura,
Dissemos que pouco dos labores missionários e civilizadores do lusitano, sem perdermos de vista a nobre afirmação de cultura indígena, que foi a rebelião de Ajuricaba, tornado em símbolo da fibra indômita do caboclo amazônico.
Só mesmo o surto da borracha, atraindo massas humanas para o desertão da Hiléia Brasileira, permitiu, sob bases econômicas favoraveis, a criação de uma sociedade em que a cultura, na sua extensa gama de valores, pôde tomar corpo e ser aferida pelos padrões comuns.
Quanto ao amazonas, porém, não há dúvidas que assiste razão a Mário Ypiranga ao afirmar: "só chegamos a um clímax intelectual, depois que a borracha com os seus paroxismos elásticos e os seus cataclismos econômicos, carreou para o Amazonas uma leva de imigrantes do pensamento, paladinos do verso, cavaleiro andante da prosa".
Os sertanejos trouxeram o arrojo e a ambição que propiciaram a riqueza. Graças a eles também foi possível que se escrevesse aquela página gloriosa para o desbravamento do Oeste, que foi a penetração e a conquista do Purus e do Juruá, de que resultou o domínio brasileiro no Acre -
Evidente houve uma súbita transformação no processo cultural da Amazônia: a miscigenação se apressou, entre o caboclo - descendente de índio com branco - e o mestiço imigrado, saído do melting-pot nordestino, entre o branco, o negro, o mulato, o índio, o